
NAÁ et EURICO RIT TOUT LE TEMPS – 1983
Tradução de Yves Froment
Revue et corrigée, número 15
Bruxelas – Bélgica
NAÁ et EURICO RIT TOUT LE TEMPS – 1983
Tradução de Yves Froment
Revue et corrigée, número 15
Bruxelas – Bélgica
QUEM TEM MEDO DA FADA AZUL?
Lino de Albergaria
Editora KBR Digital
Juvenil
2015
Ilustração:
Andrea Vilela
Sinopse:
“Tá louco, Mateus? Não acreditei que meu irmãozinho quisesse brincar como se tivéssemos uma televisão, um objeto tabu que meu pai impedia de entrar na base.
Por que não, Debora? Podemos tocar qualquer coisa, não podemos?”
PORTUGUÊS NA PONTA DA LÍNGUA
Coleção didática de Português de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental
Co-autoras: Márcia Fernandes e Rita Espeschit
Editora Dimensão – Belo Horizonte
2000
Sinopse:
A coleção Na ponta da língua traz uma proposta inovadora e afinada com as recentes discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa. A inclusão dos temas transversais como módulos de organização do livro leva em consideração os interesses dos jovens, o que se percebe através dos textos escolhidos e das atividades propostas, que buscam contribuir para a construção ética dos sujeitos em convívio, numa sociedade democrática.
Os textos apresentam-se articulados nas unidades segundo uma lógica que combina temática e diversidade textual, e criam assim uma composição coesa, investida de sentidos, onde operam relações intertextuais, retomadas e remissões.
As atividades respeitam a variação lingüistica e salientam a importância da adequação da linguagem aos objetivos do locutor/escritor, ouvinte/leitor. Atividades de leitura, de produção de texto e de conhecimentos língüisticos integram-se harmoniosamente no conjunto, seja ativando situações comunicativas do contexto social de uso da língua, seja incentivando a reflexão e a construção de conceitos, através de observação e análise.
Pressupostos teóricos bem definidos e devidamente citados em bibliografia permitem aos professores o reconhecimento das bases que orientam as atividades, para que possam interferir no processo da aprendizagem do qual são mediadores.
Maria Zélia Versiani Machado
PELOS CAMINHOS DA COMUNICAÇÃO
Coleção didática de Português de 1ª a 4ª séries do 1º grau
Co-autora: Ione Meloni Nassar
Editora FTD – São Paulo
MICROS BEAGÁ
Lino de Albergaria
Editora Pangeia
Antologia
2021
Números maiúsculos em uma obra ímpar marcam este Micros-Beagá (Editora Pangeia):
270 microcontos
54 autores, com fotos e biografias
Micro-Apresentação e Mini-bibliografia
Ao menos 15 revelações
Cerca de 20 autores amplamente consagrados
Em torno de outros 15 autores já reconhecidos por crítica e público
O organizador é um dos maiores especialistas em microconto do país
Micros-Beagá, sem dúvida, é um marco editorial e uma referência para a literatura brasileira de nossos dias.
Com cinco microcontos, Lino de Albergaria está presente nesta coletânea, intitulada Micros-Beagá, organizada por Rauer Ribeiro Rodrigues e publicada pela Editora Pangeia
FELIZ ANIVERSÁRIO, CLARICE
Lino de Albergaria
Autêntica Editora, 2020
Entre os 27 autores que homenageiam o centenário de Clarice Lispector em Feliz Aniversário, Clarice, organizado por Hugo Almeida, está Lino de Albergaria. Seu conto, intitulado “O ovo e as aves” dialoga com o texto original da autora, “Uma galinha”.
TRAVESSIAS SINGULARES
Pais e filhos
Antologia organizada por:
Rosel Bonfim Doares
Casarão do Verbo
Sinopse:
E assim é. Há pais e filhos que vivem relações pautadas por perguntas, diálogos e respostas. Mas há também aqueles que nunca se entendem, sendo assim condenados, por eles mesmos, a uma convivência (ou ausência) calada e cruel. Eu penso na Carta ao pai, de Kafka. Ou ainda no inesquecível enfrentamento que se dá entre pai e filho no romance Lavoura Arcaica, de Raduan Nasser… Pais e filhos, taciturnos ou loquazes, têm me interessado ao longo da minha vida de leitor. Jamais esqueço o dia em que li Mar de Azov pela primeira vez. Chovia em Salvador no momento em que eu terminava a leitura do conto e eu sentia que precisava sair do apartamento para extravasar toda a euforia que o texto havia me proporcionado. Fui andar pelas ruas, ébrio de imagens, sem me importar com a chuva.
O conto de Hélio Pólvora representou não apenas o diálogo que por muito tempo quis encontrar na relação com meu pai, mas também a primeira grande inspiração para um dia reunir em livro os textos que agora você tem nas mãos.
Trecho:
Cap. Procurar e perder
Excerto de “Em nome do filho”, páginas 30-37 publicado pela Editora Lê, Belo Horizonte, 1993.
“Quando fui procurar Nado, escolhi de propósito um sábado.
Para mim um dia de folga, para Marília de muito trabalho, pelo menos durante a manhã. Eu queria estar sozinho com Bernardo.
Pensava realmente em levá-lo para a publicidade. O que sempre vi como a minha perdição se mostrava agora o caminho da salvação de meu filho. Já tinha sondado os fotógrafos que prestavam serviço à agência para ver se aceitavam Nado. Mas tudo dependia da vontade dele. E eu gostaria que desta vez Marília não estivesse no meio.
Por isso acordei mais cedo, mal me incomodei com a presença de Marilene, ainda dormindo ao meu lado. A separação também não ia demorar. Entrei no carro meio ansioso, pensando se não ia tirar o menino da cama. Mas preferia acordá-lo. A me arriscar a chegar tarde e encontrar a casa vazia.
Nado tinha acabado de acordar. E pelo visto tencionava voltar pra cama.
– Oi – ele me abriu a porta, com um jeito contrariado.
– Desculpa eu ter vindo tão cedo… – tentei dar uma explicação mas ele me impediu.
– Senta um pouco aí na sala e me dá um tempo.
Vi que ele levou um copo de suco para o quarto. Então achei estranho que estivesse enrolado num lençol O suco era para quem estava com ele.
Nado voltou vestido e notei alguém entrando no banheiro.
Ele veio se sentar à minha frente.
– Parece que a gente está um pouco solene hoje – eu disse.
– É que eu estava acompanhado…
– Você tem uma mãe muito liberal. Marília nem deve se incomodar com suas aventuras.
– Não é bem assim. Na verdade ela não ficou sabendo.
Ela já estava dormindo, quando a gente chegou ontem à noite.
A Marília ainda é um pouco careta… Minha vida sexual, ela prefere não comentar e vejo que ela fica… sei lá, meio chateada com esses lances…
– Pois não é o que ela passa pra mim.
– Mãe é assim, defende sempre o filho lá fora. Mas em casa quebra o pau com ele.”
MACHADO DE ASSIS – CONTOS E RECONTOS
A cartomante
recontado por Lino de Albergaria
Editora Salesiana
Sinopse:
Existe uma distância a separar o jovem leitor, não de Machado de Assis, mas do Brasil em que ele viveu e da linguagem utilizada na época. Este livro procura vencer tal barreira.
São sete contos do repertório machadiano recontados por diferentes autores. E depois de receber Machado no século XXI, o leitor vai se sentir estimulado a faz\er o percurso inverso: visitá-lo no século XIX.
Trecho:
“Camilo não acreditava em nada. Por quê? Não poderia dizê-lo, não possuía um só argumento; limitava-se a negar tudo.
E digo mal, porque negar é ainda afirmar, e ele não formulava a incredulidade; diante do mistério, contentou-se em levantar os ombros, e foi andando. (Machado de Assis)
– Não acredito mesmo! – comentei com o motorista. Ele, ao lado, me lançou um olhar curioso.
– Não acredito em videntes nem em cartomantes – expliquei.
Estávamos presos num engarrafamento. O calor infernal fez com que eu deixasse aberta a janela do táxi. Esquivando-se entre os carros que mal se movimentavam, o garoto continuava distribuindo seus folhetos. Um deles estava em minhas mãos.
“Ajuda espiritual. As cartas do tarô favorecem suas questões amorosas, financeiras ou de trabalho.” Um nome feminino, o número de um celular e um endereço seguiam-se ao texto, em letras menores e mais claras. Aliás, a rua e o número situavam-se bem perto daquela esquina. Por isso entendi a presença do garoto que tratava de arrumar clientes para a mulher de nome tão pouco sugestivo. Cláudia. Em vez de Cassandra ou Lúcia.
– Discordo do senhor – disse o motorista.
– Para você, então, as cartas não mentem jamais? – perguntei com um sorriso que acompanhava a ironia de minhas palavras.
– Nunca ouviu falar das profecias de Nostradamus? Nem do terceiro segredo de Fátima?
– Claro que já, só que não acredito em nada disso.
– Moço, eu acredito. Minha mãe era médium vidente.
– Não é mais?
– Ela morreu, mas sempre tinha sonhos premonitórios.
No mais estranho, sonhou como iria morrer, com quase todos os detalhes.
– Você conhece essa Cláudia? – perguntei.
Não que eu tivesse a mais remota curiosidade sobre o trabalho dessa mulher. Mas estava mesmo preso naquele táxi. Na verdade, nem tinha tanta pressa em terminar minha viagem. Não estava muito convencido de que deveria atender ao chamado de Vilela, o amigo de quem me afastara, por causa de Rita. Vilela e Rita ainda estavam casados, ela me dizia que ele nunca lhe daria o divórcio, por isso tomava todo o cuidado para esconder nossos encontros. Eu até achava melhor assim, nem queria a Rita só para mim. Aceitei logo que nosso caso permanecesse em segredo, sem nunca entender ou checar o ciúme exagerado daquele amigo de adolescência. Ciúme para mim era coisa de outra época. Ou de literatura. Coisa para Dom Casmurro se torturar com a infidelidade de Capitu, que ninguém podia provar. Ou para Otelo destruir Desdêmona e a si mesmo, graças às intrigas de lago.”
O FIDALGO DOM QUICHOTE DE LA MANCHA
Miguel de Cervantes Saavedra
Adaptação de Lino de Albergaria
Editora Paulus
Sinopse:
Dom Quixote de La Mancha, criação de Miguel de Cervantes, é um livro que fala de livros e leituras, mostrando um herói enlouquecido, que decide viver como personagem de um gênero já superado, as novelas de cavalaria, de grande sucesso no período medieval. Este texto é considerado a obra-prima da literatura espanhola.
Trecho:
“Na região da Espanha chamada Mancha, em uma aldeia esquecida e empoeirada, vivia um fidalgo empobrecido em companhia de uma sobrinha, de uma criada e de um rapaz que cuidava de um único cavalo e do trabalho no campo. Muito magro, com pelo menos cinquenta anos, tinha o sobrenome de Quixada, Quesada ou Quixana.
Seu grande interesse era a centena de livros que colecionava em sua biblioteca, decorada por uma lança e um escudo há muito aposentados. Quando se punha a ler, esquecia-se de caçar ou de cuidar de suas poucas terras, como faria um fidalgo comum.”
A DIVINA COMÉDIA
Dante Alighieri
Adaptação de Lino de Albergaria
Editora Paulus
Sinopse:
Poema épico e obra-prima de Dante Alighieri, que começou a escrevê-la provavelmente por volta de 1307, concluindo-a pouco antes de sua morte, em 1321. A obra é um poema narrativo de cunho teológico rigorosamente simétrico e planejado, que mostra a longa viagem do personagem principal pelo Inferno, Purgatório e Paraíso.
Trecho:
“No meio do caminho de minha existência, extraviado da direção correta, me vi perdido numa selva escura. Perambulava por um vale solitário, onde só encontrava luz no sol que refletia, a alguma distância, na encosta de uma colina. Sentia meu coração apertado pelo medo. Para sair dali, decidi subir o monte parcimoniosamente desvelado pela claridade. A frágil luz do dia trouxe-me alento para combater a angústia que aumentava à medida que meus olhos ainda eram atraídos pela selva sombria.”