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Infanto-Juvenil: Um Amor de Menina

UM AMOR DE MENINA
Lino de Albergaria
Editora Globo
Infanto-juvenil
11 x 18 cm – 24 páginas
1986

Ilustrações:
Regina Yolanda

Sinopse:
Duas histórias de menina descobrindo o amor, desde a percepção do sentimento alheio até a própria experiência e seus conflitos.

Trecho:
“Quando vovó veio para nossa casa trouxe um baú, uma mala-sanfona e uma caixa redonda. E eu fiquei muito curiosa de saber o que era que vovó guardava lá dentro.”

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Adulto: O homem delicado

O HOMEM DELICADO
Lino de Albergaria
Ed. Quixote+Do
Adulto-romance
2019

Inspirado por cenas que desfilariam diante de alguém na situação-limite de sua vida, Lauro decide explorar passagens que sua memória ainda retém. Locais e fatos o orientam a firmar uma identidade e a tentar compreender o mundo. Podem ser lugares reais ou imaginários, como a ilha mais afastada de todas.

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Adulto: Os 31 dias

OS 31 DIAS
Lino de Albergaria
Ed. Scriptum
Adulto – Romance
2015

Sinopse:

Inspirada por Duniazade, a irmã mais jovem e pouco conhecida de Sherazade, ambas personagens de “As mil e uma noites”, uma mulher decide escrever a própria história na qual vê pontos de semelhança com a conhecida narrativa oriental.

Durante 31 dias, recolhida em uma casa de campo, mergulha em sua tarefa, escondendo-se sob uma personalidade falsa e criando um cenário e uma vida virtuais para disfarçar suas próprias memórias.

Percorrendo um itinerário imaginário das ruas de Belo Horizonte, recorre ao fingimento para defrontar a timidez e os momentos conflituosos vividos na juventude. Não fugindo da constatação de sua forte sexualidade, vai recompondo um espelho trincado, diante do qual, finalmente, decide ser vista.

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Adulto: Um bailarino holandês

UM BAILARINO HOLANDÊS
Lino de Albergaria
Ed. Scriptum
Adulto – Romance
2015

Sinopse:
Uma sexta-feira no interior do Palácio das Artes, no Parque Municipal de Belo Horizonte. Na livraria, no subsolo do edifício, o jovem vendedor observa um leitor folheando um livro.

É um álbum de fotografias da cidade. Intrigado com a cena em que o outro tanto se demora – o próprio local onde estão, mas visto do alto –, o livreiro começa mentalmente a criar uma ficção protagonizada por seu cliente, que esquece no local um bilhete para um espetáculo de dança que haverá à noite no Grande Teatro, também situado naquele prédio.

Um jogo dramático e erótico passa a ecoar o confronto de dois homens cujos gestos se deixam comandar por fortes referências da literatura, do cinema, das artes plásticas, da música, do teatro e da dança, revividos no interior de um ambiente arquitetônico construído para festejar a arte, chamada, neste livro, para configurar e vestir os desejos e a solidão humanos.

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Adulto: Um altar na neblina

UM ALTAR NA NEBLINA
Lino de Albergaria
Novas Edições Acadêmicas
Adulto – tese de doutorado
2015

Sinopse:
Ouro Preto, cidade barroca erigida no século XVIII, foi redescoberta pelos autores modernistas brasileiros, impressionados com sua originalidade, logo identificada como matriz de uma identidade nacional. Artistas do modernismo tardio como Cecília Meireles, Guignard e Lucio Costa focalizaram a cidade, já percebida como lugar místico por suas igrejas e sua paisagem constantemente envolta pela neblina.

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Adulto: A Estação das Chuvas

A ESTAÇÃO DAS CHUVAS
Lino de Albergaria
Editora Scriptum
Ficção brasileira
14 x 22,5 cm – 120 páginas
4ª edição – 2012

Texto premiado no Concurso de Romances do Paraná – 3º lugar

Sinopse:

Em A Estação das Chuvas, Naum, Rute e Gabriel – os três narradores – relatam sua trajetória pessoal em busca da felicidade. E trilham os caminhos do corpo (Gabriel), as estradas da alma (Naum), as veredas do espírito (Rute). Cada narrador apresenta em tom confessional uma visão unilateral da realidade. Sobrepondo-se e entrelaçando-se, as três histórias constroem um todo único.

Belo Horizonte mergulhada em chuvas de verão compõe o ambiente, onde o cair da chuva dá o ritmo dos acontecimentos e pensamentos das personagens.

Através dos rituais de uma seita amazônica, Rute experimenta sensações que a levam em direção ao céu e ao mesmo tempo a prendem no chão. Naum empreende o resgate histórico da cidade, revisitando lugares na busca de pedaços – de si mesmo. Gabriel, na conversa com o analista, também procura compreenderem que espelho perdeu sua face. Mostram-se – todos três – como péndulos que oscilam entre o conhecido e o ansiado.

Trecho:
“Alguma coisa em mim está conectada com aquela negra cheia de ancas dançando com tanta malemolência. Me imagino na semana que vem, pintando quadros verde-amarelos, cheios de dançarmos mulatos. Mudando todo meu trabalho. E uma ideia que logo desvanece. Tarsila do Amaral existiu há mais de meio século. Me lembro também de Macunaíma. O livro, o filme, a peça. Acho que caí dentro da imaginação de Mário de Andrade. Ou isto será o astral do Brasil? Por que não vi um inca? Nem a chacrona me apareceu na forma de uma rainha? Mas só um índio barrigudo, uma índia de peito caído? Tem a ver com a música e com esta casa colorida com os tons do Terceiro Mundo?”

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Adulto: Em Nome do Filho

EM NOME DO FILHO
Lino de Albergaria
Editora Scriptum
Romance
14 x 22,5 cm – 96 páginas
4ª edição – 2012

Texto finalista da Bienal Nestlé de Literatura

Sinopse:

Em Nome do Filho é um texto que sai sutilmente de outros textos. A epígrafe, um poema conhecido de Fernando Pessoa, é a própria página que o narrador lê, logo no início da trama. Jogo de espelhos, inversão da imagem no confronto entre pai e filho: esta é a chave da narrativa, expressa na perplexidade de Bernardo, o pai, diante de Bernardo, o filho. Perplexidade que nos vem da presença do outro, quando nossos olhos míopes esbarram no desmoronamento de nosso próprio reflexo. Para se reconstruir em essência, será preciso antes ler cuidadosamente o outro. Tal é o trajeto proposto pela personagem que narra.

As referências a Machado de Assis, intertextuais, insinuam Dom Casmurro e Ezequiel, também um pai posto em cheque pela presença esquiva de um herdeiro. Um relato que dialoga com outros momentos da literatura mas constrói, com emoção, sua própria linguagem. Emoção discreta, equilibrada, ao tratar temas ainda tidos como tabus nas letras brasileiras, como a AIDS e as diversas particularidades da sexualidade masculina.

Trecho:
“Nossa coexistência passou a incluir cada vez mais o espaço daquela rua, as calçadas de cada lado e a pista que tínhamos de atravessar. Da minha casa, não podia ver sua janela. Só a entrada do prédio, por onde a gente tinha acesso à escada que conduzia ao segundo andar. Ali, a porta do apartamento de fundos se abria para a claridade, o contraste que Eliane estabelecia para mim. Todas as janelas estavam sempre abertas. E no sábado de manhã a cortina amarela quase não filtrava o sol e eu logo podia ver um ombro ou um braço de Eliane, nu sobre os lençóis. Ou a massa escura de seus cabelos revelando um brilho refletido pela estrela.”

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Adulto: Do Folhetim à Literatura Infantil

DO FOLHETIM À LITERATURA INFANTIL
(Leitor, Memória e Identidade)
Lino de Albergaria
Editora Lê
Infantojuvenil
13 x 21 cm – 112 páginas
1996

Ilustração da capa:
Regina Coeli Rennó

Sinopse:
Este livro aborda a presença, na literatura infantil e juvenil, dos temas da identidade nacional e da memória popular, há muito presentes na literatura brasileira. Anota as semelhanças entre a produção para a juventude e os romances de folhetim do século XIX, através dos receptores (hoje a criança e o jovem; ontem, a mulher) e de seus circuitos de circulação (da imprensa à escola). Outro ponto em comum entre a criação para os jovens leitores e o texto romântico é justamente a valorização da cultura popular e do folclore. A própria literatura infantil nasce desta procura das origens de sua nacionalidade entre os povos europeus, passando ao interesse do folclorista.

Entre nós, Câmara Cascudo classifica estes textos de contos de encantamento, como os que serão reescritos e ilustrados por Ciça Fittipaldi e Ricardo Azevedo.
Toda esta reflexão ganha um sentido pessoal, incidindo sobre o trabalho literário do autor, que tem a noção bem clara de seu receptor específico, quando também trata de identidade e memória.