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Infanto-Juvenil: Tantas Histórias tem o Tempo…

TANTAS HISTÓRIAS TEM O TEMPO…
Lino de Albergaria
Editora do Brasil
Infanto-juvenil
18 x 24 cm – 32 páginas
1985

Capa: Terê

Notas para o leitor

As cantigas, os costumes de índios e negros e os significados mágicos atribuídos a árvores e animais foram extraídos do Dicionário do folclore brasileiro, de Câmara Cascudo.

Coleção Multirão
Potencialidades deste Brasil – menino: a vocação democrática/a capacidade de trabalho de nossa gente… Se o país vive uma crise, é necessário discutir corajosamente o Homem, – sua problemática psicológica e social – através de verdadeiros mutirões conscientizadores das reivindicações do povo brasileiro. Da vivência e da crítica do hoje – reconstruiremos o amanhã!

Com a palavra o Autor

O que penso da Literatura?
– Acredito ser uma troca de informação entre o autor e o mundo. O autor, através de sua individualidade, realiza a sua própria leitura do mundo, embora influenciado pelas ideias de sua época. Depois – através de sua criação – devolve ao mundo aquilo que percebeu, acrescentando a essa percepção a sua elaboração pessoal. Muitas vezes procurando influenciar e modificar a realidade. Permeando tudo, o uso estético da palavra. O escritor percebe o sentido da beleza existente no mundo (entre tantas outras coisas…) e, lidando com a palavra, tenta captá-la e utilizá-la a seu modo. Assim como o músico ou o pintor são sensíveis a este mesmo sentido e se aproximam dele através de suas linguagens.

Por que escrevi este livro?
– Este livro é para mim uma tentativa de exploração do tempo dentro de uma paisagem nossa. Acho fascinante o mistério do futuro, inclusive a possibilidade de discos voadores. Do mesmo modo me interessa o passado, através do folclore e da memória dos mais velhos, que poderia tão bem ajudar na explicação do presente. Eu tinha também a vontade de falar do interior do Brasil, de suas comunidades pequenas e com caráter próprio, que guardam velhos hábitos, procurando acomodá-los com as mudanças que chegam de fora. Há, também, a questão do homem, de corpo ele se colocaria diante de tudo isso. Assim, Zeca é alguém que quer ir além dos limites da rotina de sua cidadezinha, mas que ao mesmo tempo se interessa em entendê-la e procura descobrir o fluxo da vida que formou, daquele modo, a sua terra e a sua gente.



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